O Ministério Público estadual participou na manhã desta terça-feira, dia 19, do 23o Encontro Nacional do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), que ocorreu na sede do Tribunal de Justiça, no CAB. O encontro, que continua até a próxima sexta-feira, dia 22, pretende dar visibilidade ao fenômeno da violência letal contra crianças e adolescentes. “Através do mapeamento dos homicídios contra crianças, adolescentes e jovens do nosso país, poderemos elaborar um diagnóstico que seja capaz de nortear a construção coletiva de políticas públicas eficazes de prevenção e enfrentamento à violência letal contra esse público. Esse mapeamento servirá não apenas para dimensionar estatisticamente os homicídios a partir de números atualizados, mas também para trazer informações específicas como perfil das vítimas, mancha criminal, contexto estrutural e circunstancial dos crimes, que permitam uma análise mais acurada do grave fenômeno e a propositura de ações que efetivamente auxiliem a prevenir e reprimir tais eventos”, destacou a promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), representando a procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti e o conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Rogério Varela.
Ela dividiu a mesa de abertura com a sub-defensora pública estadual Soraia Lima; a juíza titular da Vara de Adolescentes em Conflito com a Lei de Londrina, Cláudia Catafesta; Secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH), Felipe Freitas; secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudio Augusto Vieira da Silva; Edmundo Kroger, integrante do Conselho Nacional do Direito da Criança e do Adolescente (Conanda) e vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Ceca); e a chefe do escritório do Unicef na Bahia, Helena Oliveira.A programação contou ainda com uma mesa de debate sobre “Racismo e Letalidade Intencional de Crianças e Adolescentes no Brasil”, que contou com a participação da promotora de Justiça Lívia Vaz e mediação do coordenador geral do PPCAAM na Bahia, Alfredo Dorea.O encontro reuniu representantes do país que atuam no programa ao longo dos seus 20 anos, incluindo equipes técnicas, gestores, instâncias de controle, entiddades executoras e demais atores das redes de proteção para o compartilhamento de experiências, boas práticas e discussão sobre os desafios enfrentados nessa área. Até a próxima sexta-feira, dia 22, haverá debates sobre os desafios da execução do PPCAAM e a busca de novas estratégias e paradigmas que possam contribuir para o aperfeiçoamento da política nacional.