Cidades Candeias
Governo da Bahia inaugura colégio modelo em Candeias e expande projeto educacional pelo interior do estado
Iniciativa "Construir para Educar" avança com novas escolas e modernizações, beneficiando comunidades indígenas e quilombolas
02/09/2024 16h38 Atualizada há 3 meses
Por: Redação

 

 

O Governo da Bahia promoveu a abertura da segunda etapa do projeto “Construir para Educar”, no bairro de Pitanga, em Candeias. A inauguração do Colégio da Polícia Militar de Tempo Integral Francisco Pedro de Oliveira, nesta segunda-feira (2), simbolizou o início das novas obras previstas. A unidade escolar, localizada na Região Metropolitana de Salvador, já segue o modelo de estrutura projetada para as futuras escolas da Bahia, com um investimento superior a R$ 18 milhões, realizado pela Secretaria da Educação (SEC) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

Para o governador Jerônimo Rodrigues, o projeto vai além da infraestrutura escolar. “É política de permanência no campo, de fortalecimento do campo. E estamos chegando também com água tratada, com energia, com conectividade, com tecnologia. É um movimento para garantir o direito de um professor de dar uma aula em um teatro desse, de dar conforto para os estudantes, para que nossos alunos tenham ar-condicionado, uma luz boa, um assento confortável. E quem diria que nós tínhamos direito a isso? Nós estamos vivos para ver. Muita gente se foi sonhando com uma estrutura escolar dessa”, destacou o governador.

Do total de recursos investidos na construção do colégio em Candeias, cerca de R$ 17 milhões foram destinados a amplas instalações que incluem 12 salas de aula, biblioteca, quatro laboratórios, duas salas multifuncionais — uma delas dedicada a aulas de dança —, além de um teatro com capacidade para 200 pessoas, restaurante estudantil, campo de futebol society, piscina semiolímpica e vestiários. Durante a inauguração, o município de Candeias também recebeu um ônibus escolar rural e foi autorizada a licitação para novas unidades escolares do projeto Construir para Educar Interior.

Impacto Positivo na Educação
A secretária da Educação, Rowenna Brito, ressaltou que as novas estruturas têm demonstrado impacto significativo na redução da evasão escolar e na melhoria do desempenho dos estudantes. “Estamos crescendo pelo terceiro ciclo consecutivo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com diminuição da evasão, aumento da permanência desses jovens e adolescentes nas escolas. E a gente sabe que uma boa infraestrutura física tem alto impacto na aprendizagem e tem intencionalidade, porque a gente está falando de educação integral, educação para garantir mais tempo dos nossos estudantes na escola e melhorar a aprendizagem”, afirmou.

A segunda etapa do projeto prevê um investimento de mais de meio milhão de reais para a construção de 11 novas escolas de ensino integral, além de 12 ampliações, seis modernizações e uma reforma em 18 municípios baianos. Entre as cidades beneficiadas estão Cícero Dantas, Entre Rios, Ibirapuã, Ibititá, Itamaraju, Itapicuru, Jaguarari, Lajedão, Nova Viçosa, Campo Formoso, Prado, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, São Gabriel, Simões Filho, Senhor do Bonfim, Umburanas e Veredas.

Foco nas Comunidades Indígenas e Quilombolas
A segunda etapa do projeto dá especial atenção aos colégios estaduais indígenas e do campo. No município de Prado, no extremo sul da Bahia, quatro escolas indígenas localizadas nas aldeias Tawá, Corumbauzinho, Águas Belas e Kaí terão três novas unidades construídas e uma ampliada e modernizada, beneficiando mais de 860 estudantes. Em Campo Formoso, duas comunidades quilombolas nos distritos de Lage dos Negros e de São Tomé também serão contempladas com a modernização e ampliação de suas escolas.

Paloma dos Santos, de 14 anos, da etnia pataxó, competiu pela primeira vez nos Jogos Escolares 2024 (JEB), organizado pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), e seu time de futsal conquistou o terceiro lugar nas finais do campeonato. Ela expressou sua expectativa em relação à nova unidade da sua escola em Prado, destacando a importância da quadra poliesportiva: “A gente quer muito uma estrutura nova… a gente conseguiu o terceiro lugar, então é muito bom. Mas a gente quer muito uma quadra, piscina de natação, refeitório, tudo para que a gente possa treinar mais e conseguir o ouro, o primeiro lugar, nos próximos anos”, compartilhou Paloma sobre o Colégio Estadual Indígena Tawá.

Outros nove colégios estaduais em áreas rurais também serão beneficiados em diferentes distritos baianos, com foco em comunidades indígenas, quilombolas e do campo, impactando diretamente mais de 4.192 estudantes.

Rowenna Brito ainda acrescentou: “A gente está dando infraestrutura física com o olhar de cada uma dessas comunidades… nosso compromisso é com a comunidade do campo, com a comunidade quilombola, indígena, para que a sua história e a sua cultura sejam respaldadas pela educação”, finalizou a secretária.