O Governo de Minas assinou, nesta sexta-feira (22/9), um protocolo de intenções com o Grupo Atlas, empresa que vai investir R$ 1 bilhão em cinco cidades do interior do estado. A maior parte do investimento será destinada para o Vale do Lítio, na região do Jequitinhonha. O restante será investido nas extrações de minério de ferro e rochas ornamentais de quartzito na região Central do estado. Somados, os projetos devem gerar cerca de 1,2 mil novos empregos nas regiões impactadas.
Segundo o protocolo de intenções, o grupo vai investir R$ 750 milhões por meio da Atlas Lithium na extração de lítio, em um volume de 300 mil toneladas por ano. As áreas estão localizadas nos municípios de Itinga e Araçuaí, dentro do Vale do Lítio, que possui a maior concentração desse mineral no Brasil. Somente neste projeto serão cerca de mil empregos gerados, sendo 400 diretos.
O governador Romeu Zema assinou o protocolo de intenções. Para ele, os investimentos cumprirão todas as obrigações ambientais e vão mudar a realidade da região. “Nós temos plena convicção de que a região toda vai mudar - e para muito melhor. Temos exigido dessas empresas total responsabilidade ambiental e isso é um compromisso do Governo de Minas. Além disso, os investidores são alertados de que precisam ter responsabilidade social para serem bem recebidos no estado. Por isso, todas as empresas estão investindo em programas de treinamento de pessoas para dar oportunidade para quem mora naquela região. E é isso que nós queremos: valorizar o mineiro e dar qualidade de vida e oportunidade”, destacou.
A preocupação com a geração de empregos de qualidade na região do Vale do Jequitinhonha foi reforçada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) , Fernando Passalio.
"Para isso, o Governo de Minas conta com qualificação profissional e mapeamento das demandas necessárias para que a força de trabalho seja local, contribuindo para uma transformação não somente econômica, mas social em toda a região", disse. "O Governo do Estado trabalha diariamente para que todos os investimentos atraídos para o Vale do Lítio sigam o mais alto padrão ESG. Isso significa ainda mais responsabilidade socioambiental e governamental, de forma transversal, a fim de promover mais oportunidades, prosperidade e melhoria da qualidade de vida do mineiro”, completou.
De acordo com o CEO da Atlas Lithium, a empresa deve se instalar em tempo recorde na região. “Temos um modelo de planta que será trazido pronto para o Brasil e montado no local. Desta forma, nossa expectativa é iniciar a operação em maio de 2024. Mas, antes disso, nós já estaremos gerando empregos na região com a parte de montagem e instalação”, ressaltou.
Investimentos
Em julho deste ano, a MG LIT (Lithium Ionic) assinou um memorando de entendimento com o Governo de Minas também para um investimento de R$ 750 milhões no Vale do Lítio. Além dessas empresas, já estão com atividades na região Sigma Lithium, CBL e Latin Resources.
Outros minerais
A Atlas também prevê mais investimentos na extração de outros minerais em Minas Gerais. O grupo empresarial vai ampliar a produção das lavras de quartzito para rochas ornamentais no distrito de Conselheiro Mata, em Diamantina, na região do Vale do Jequitinhonha, e em São Domingos do Prata, na região Central de Minas, operadas pela empresa Mineração Júpiter.
Outra empresa do mesmo conglomerado que receberá investimentos será a Apollo Resources, com ampliação da mina de minério de ferro em Rio Piracicaba, também na região Central de Minas. Nos dois empreendimentos, a previsão é de geração de 276 novos postos de trabalho com um investimento de R$ 250 milhões.