Nesta quarta-feira (21), o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do Plano de Ação Territorial (PAT) Chapada Diamantina/Serra da Jiboia realizou uma reunião para apresentar os resultados alcançados após três anos de esforços na gestão ambiental da região. O encontro aconteceu na sede do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em Salvador. Durante o encontro, foram apresentados os progressos na execução das estratégias de gestão. Dentre os principais resultados estão a efetivação do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – CEFIR, o reforço nas ações de fiscalização ambiental, melhorias significativas no programa de educação ambiental e avanços no manejo de espécies exóticas invasoras.
Atualmente, o PAT está no seu quarto ano e já alcançou mais de 75% das ações planejadas, seguindo o cronograma estabelecido. O Plano de Ação tem como alvo a proteção de 27 espécies classificadas como criticamente em perigo (CR), que habitam a Chapada Diamantina e a Serra da Jiboia, fortalecendo as medidas de conservação nessas áreas vitais.
“Entre as iniciativas previstas para o próximo ano estão a construção de uma Cozinha Comunitária em Itaetê, voltada para mulheres assentadas, a entrega de materiais de educomunicação produzidos pelas comunidades locais como parte do Programa de Educação Ambiental, e a realização de um Curso de Restauração Ecológica focado nos ecossistemas específicos da região”, destacou Sara Alves, coordenadora do PAT Chapada Diamantina/Serra da Jibóia.
Para acompanhar, auxiliar e avaliar o Plano de Ação Territorial foi instituído o GAT, composto por diferentes instituições, sendo coordenado pelo Inema. “A mobilização do GAT, articuladores, colaboradores das ações, setor privado e sociedade civil são essenciais para assegurar os resultados desejados e a conservação das espécies ameaçadas de extinção e de seus habitats”, pontuou Pablo Rebelo, representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
Abrangendo 56 municípios da Bahia e cobrindo uma área de 3.918.743 hectares, o PAT é coordenado pelo Inema, com financiamento do Projeto GEF Pró-espécies, apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e WWF Brasil. O plano visa a proteção de 27 espécies classificadas como criticamente em perigo, além de outras 339 espécies ameaçadas, muitas endêmicas da Bahia, em habitats variados como Caatinga, Cerrado, florestas de galeria e ambientes cavernícolas.