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Senado celebra os 200 anos da imigração alemã no Brasil em sessão especial

O Senado vai celebrar os 200 anos da imigração alemã no Brasil em uma sessão especial na terça-feira (4), a partir das 14 horas. Em 25 de julho de ...

27/06/2024 às 17h42
Por: Redação Fonte: Agência Senado
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Colônia fundada por imigrantes alemães em 1824 tornou-se hoje o município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul - Foto: Prefeitura de São Leopoldo
Colônia fundada por imigrantes alemães em 1824 tornou-se hoje o município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul - Foto: Prefeitura de São Leopoldo

O Senado vai celebrar os 200 anos da imigração alemã no Brasil em uma sessão especial na terça-feira (4), a partir das 14 horas. Em 25 de julho de 1824, 39 imigrantes de língua alemã chegaram ao Rio Grande do Sul, marcando a fundação da então colônia, e hoje município, de São Leopoldo.

O requerimento para a homenagem ( RQS 115/2024 ), apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), destaca a coragem desse grupo pioneiro que atravessou o oceano Atlântico em busca de novas oportunidades. Com idades entre alguns meses e 49 anos, eles partiram dos portos de Hamburgo e Bremen e, além da travessia oceânica de 120 dias, tiveram que enfrentar uma dura jornada por terra.

“A partir daí, o Rio Grande do Sul e o Brasil receberam levas numerosas de imigrantes que trouxeram consigo valores, conhecimentos e tradições que enriqueceram o país. Esses imigrantes contribuíram imensamente para o desenvolvimento do Brasil, seja nas áreas da agricultura, indústria, educação ou ciência”, explicou Arns.

O documento também destaca que eles trouxeram técnicas avançadas de cultivo, introduzindo novas culturas e impulsionando a produção agrícola. Além disso, a herança cultural alemã influenciou a arquitetura, música, culinária e política.

Flávio Arns afirmou que a celebração do bicentenário da imigração alemã “convida a refletir sobre a importância da diversidade e do respeito às diferentes origens culturais”. Para ele, essas colônias orgulham o Brasil por terem contribuído “para a construção de uma sociedade mais plural e inclusiva”.

Plano migratório

De acordo com o livro1824, de Rodrigo Trespach, um plano elaborado por Dona Leopoldina, esposa do imperador Pedro I, e por José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência, estabeleceu que os colonos alemães deveriam cultivar na floresta tropical e servir como reservistas em eventuais conflitos. Cada família recebeu 77 hectares de terra, além de apoio financeiro por dois anos, gado, sementes e equipamentos agrícolas.

As promessas foram divulgadas no norte da Alemanha pelo médico alemão Georg Anton von Schaeffer, que havia fundado uma colônia na Bahia em 1821. Aquele país vivia um contexto delicado em meio às guerras napoleônicas, invernos rigorosos e colheitas fracassadas.

Além da dificuldade para se comunicarem, os recém-chegados sofreram com a umidade e os insetos, além de não conhecerem as madeiras e plantas comuns do clima tropical. Ainda assim, iniciaram a plantação de arroz e batatas e a criação de porcos, vacas e galinhas, o que originou o desenvolvimento das suas comunidades, colaborando com o crescimento do país.

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