Lançado em 2020, o Pix continua a ganhar popularidade e espaço no Brasil. Recentemente, o Banco Central revelou dados das Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, que apontam que o Pix concentrou 39% das transações financeiras em 2023. Apenas no ano passado, a modalidade movimentou mais de R$17 trilhões, com um aumento de uso de 75%.
Os números reforçam o tamanho dessa forma de pagamento e a ampliação da sua adesão em diversos segmentos da sociedade. Nesse contexto, Carlos Netto, CEO da Matera empresa tech focada em produtos e serviços para o mercado financeiro, ressalta que o ecossistema do Pix está mudando todo o setor bancário. Segundo o executivo, quem não adere esse tipo de pagamento acaba perdendo espaço, pois o Pix está deixando de ser um diferencial e passando a ser um requisito.
Netto destaca benefícios da ferramenta como a democratização financeira proporcionada por ela. Muitos usuários agora realizam transferências em dinheiro com mais facilidade, segurança e comodidade através do Pix Automático, Pix Crédito e Pix Offline.
Paralelamente, o executivo defende a adaptação de instituições públicas e empresas a essa preferência. "Seria muito bom que, ao invés do código de barras, tivesse um QR code no lugar. Isso facilitaria muito e reduziria a inadimplência", afirmou o CEO da Matera, que hoje é responsável por 10% das movimentações no mercado, processando mais de 4,5 bilhões de transações por ano.
Carlos Netto compartilha uma visão otimista sobre o futuro dos pagamentos instantâneos, destacando a possibilidade de uma ferramenta transfronteiriça que integraria instituições financeiras de diferentes países. Ele acredita que a criação de uma "big tech" financeira poderia viabilizar essa interação global, levando o modelo de sucesso do Pix para outros lugares.
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