O senador Flávio Azevedo (PL-RN) anunciou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (16), que deixa o mandato após quatro meses substituindo Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar mencionou a dificuldade em se adaptar ao ambiente político por não ter experiência anterior no Legislativo. E disse que sai frustrado com algumas práticas institucionais que, segundo ele, “não refletem os princípios democráticos esperados”.
— Confesso que às vezes me bateu uma espécie de melancolia em ver, ouvir e sentir que as coisas não andavam na ordem constitucional e na ordem que a democracia prevê para a relação entre os Poderes. Dentro desse contexto, eu saio daqui triste, mas esperançoso de que um dia esse país volte a tomar os rumos da democracia, de que os Poderes sejam interdependentes — disse.
O senador defendeu a análise "adequada" do pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado por 152 deputados e entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele argumentou que arquivar os documentos sem discussão em Plenário enfraquece a função constitucional do Senado.
— Alguns pedidos de impeachment foram absolutamente irresponsáveis e mereceram o destino que tiveram, mas esse não. Nós não queremos votar impeachment. Nós, senadores, queremos apenas que os motivos alegados pelos deputados, que representam o povo, sejam analisados pelo Plenário, e não apenas por um procurador — afirmou.
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