Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (29), o senador Lucas Barreto (PSD-AP) defendeu a exploração de petróleo e gás na margem equatorial da Amazônia, afirmando que a atividade tem relevância estratégica para o desenvolvimento do Brasil. Ele argumentou que os recursos podem ser utilizados para fomentar a transição energética e diminuir a dependência de insumos agrícolas importados.
— O petróleo e o gás da margem equatorial formatarão o desenvolvimento pelo conhecimento inclusivo, além de garantir a transição energética descarbonizante e a nacionalização dos insumos da tríade do agronegócio, que envolve o uso de nitrogenados, potássio e fósforo. Cerca de 85% desses insumos estratégicos são importados. No caso do potássio, esse total ultrapassa 94% de importações. O nosso agronegócio vive o seu esplendor em altíssimo risco. O petróleo e o gás do Amapá e Pará podem, a curto prazo, mudar essa realidade — disse.
O parlamentar criticou as políticas ambientais conduzidas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Para ele, o aproveitamento econômico da região é limitado pelas restrições que, segundo sua avaliação, impedem a exploração dos recursos naturais. O senador destacou que 30 milhões de pessoas vivem como “escravos ambientais”. Barreto comparou a situação do Amapá com a Guiana, país vizinho que experimenta crescimento econômico acelerado devido à exploração de petróleo.
— O FMI, Fundo Monetário Internacional, prevê que a Guiana deverá ser o país com o maior crescimento do mundo em 2024. O país, que vive um boom com a exploração de petróleo, deve avançar 33,9% este ano. Em 2023, a Guiana viu o seu PIB avançar 44,1% e atingir US$ 40 bilhões. Imaginem o Amapá com essa indústria petrolífera, implantando grandes plataformas de geração de energia e gás. Essas riquezas serão levadas ao Centro-Oeste através do nosso hub logístico do Porto de Santana — destacou.
O senador também criticou a proposta de criação de uma reserva marinha que, segundo ele, prejudicaria a pesca do Amapá ao Piauí.
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