Estudantes brasileiros têm desempenho abaixo da média dos demais países em termos de pensamento criativo, aponta um ranking compilado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e repercutido pela Agência Brasil. A liderança ficou com Singapura, ao passo que o Brasil ocupa a 49ª posição da lista.
Na visão de Lhays Marinho, supervisora pedagógica de grandes negócios na Jovens Gênios e doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o dado da OCDE é preocupante. O desempenho do Brasil mostra que o país ainda enfrenta grandes desafios na educação, principalmente em áreas essenciais como a criatividade e o pensamento crítico.
Essa lacuna reflete a necessidade urgente de políticas educacionais que promovam uma abordagem mais voltada ao desenvolvimento dessas competências, analisa Marinho. Ela destaca também a adaptação dos métodos de ensino para preparar melhor os estudantes
“Alguns fatores contribuem para essa posição. Entre eles, estão as desigualdades regionais e econômicas, que limitam o acesso a uma educação de qualidade; a defasagem no investimento em infraestrutura educacional e em formação docente; e, em alguns casos, a falta de incentivo a práticas pedagógicas que valorizem o pensamento crítico e a criatividade”, diz.
Marinho acrescenta ainda que se trata de um “cenário que exige esforços conjuntos para superar barreiras e garantir que todos os estudantes tenham as mesmas oportunidades de desenvolver essas habilidades essenciais”.
Importância da criatividade e do pensamento crítico na educação
A profissional reforça que, no século XXI, as competências essenciais para o sucesso dos estudantes vão além do conhecimento técnico e acadêmico. Entre essas competências, o pensamento crítico e a criatividade são vistas como fundamentais na formação de indivíduos preparados para enfrentar desafios complexos e se destacarem em suas futuras carreiras.
A criatividade é a habilidade de gerar ideias novas e originais, de ver conexões entre conceitos aparentemente desconexos e de propor soluções inovadoras para problemas complexos.
Já o pensamento crítico envolve a capacidade de analisar informações de maneira lógica e objetiva, questionar suposições e considerar diferentes perspectivas antes de tomar uma decisão.
“Desenvolver essas habilidades na juventude é fundamental, pois é durante essa fase que as pessoas estão moldando seus pensamentos e valores. Aprender a pensar criticamente e ser criativo desde cedo prepara os estudantes para enfrentar os desafios de um mundo em constante transformação, ajudando-os a tomar decisões informadas e a inovar em suas áreas de atuação”, afirma.
Jovens Gênios
Marinho usa a Jovens Gênios, empresa de educação e tecnologia na qual atua, para exemplificar como a criatividade e o pensamento crítico podem ser incentivados por meio do ensino: “Ao incorporar metodologias ativas e gamificação, trabalhamos para oferecer um ambiente onde os estudantes não apenas absorvem conteúdo, mas são incentivados a questionar, explorar e criar. Essa abordagem visa superar desafios e contribuir para o aprimoramento da educação no Brasil, preparando os jovens para um futuro dinâmico e repleto de possibilidades”, diz.
A gamificação à qual Marinho se refere é, como o próprio nome sugere, o uso de elementos de jogos para incentivar o aprendizado e o engajamento dos alunos em atividades educacionais. Pontuação, recompensas, níveis, desafios e feedback instantâneo são algumas das mecânicas empregadas na abordagem da plataforma Jovens Gênios.
Dessa forma, a gamificação pode atrair alunos que, em geral, não se sentem contemplados com o modelo tradicional de educação. Outra característica é o incentivo à colaboração entre os estudantes que, muitas vezes, trabalham em grupo para "vencer" desafios, promovendo o trabalho em equipe, a criatividade e o pensamento crítico.
Para saber mais, basta acessar: https://www.jovensgenios.com/
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