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Bahia fortalece esforços de conservação em Oficina Nacional sobre peixes rivulídeos

O objetivo é acompanhar o status de implementação das 35 ações do plano, que visa reduzir ou reverter as ameaças sobre 150 espécies ameaçadas de ex...

28/09/2023 às 10h20
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
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Imagem ilustrativa. Foto: Divulgação/Bahia Pesca
Imagem ilustrativa. Foto: Divulgação/Bahia Pesca

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) participa, de 25 a 29 de setembro, em Pirassununga, São Paulo, da Oficina de Monitoria da Implementação do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Rivulídeos Ameaçados de Extinção – PAN Rivulídeos. O objetivo é acompanhar o status de implementação das 35 ações do plano, que visa reduzir ou reverter as ameaças sobre 150 espécies ameaçadas de extinção. A Bahia possui 29 espécies na lista de espécies alvo desse plano.

“Ao longo de mais de uma década, o Inema tem sido ativo na elaboração e execução do PAN Rivulídeos. Sua participação é importante não apenas para avaliar o progresso na implementação, mas também para fortalecer a rede de colaboração. Isso impulsiona os esforços de conservação nos territórios onde essas espécies são encontradas”, destaca a bióloga Sara Alves, da coordenação de gestão de fauna.

Para Sara, com a conclusão da oficina, a Bahia trará informações relevantes sobre o estado das espécies ameaçadas em seu território, além de apresentar propostas concretas para a implementação das ações necessárias. “Essa participação do Inema é vital para garantir o sucesso do plano, pois a instituição contribuirá de forma significativa com informações e propostas concretas para a execução das ações essenciais”, ressaltou.

Plano de Ação

O Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção – PAN Rivulídeos, abrange três categorias que estão ameaçadas de extinção ao nível nacional. Também conhecidos como peixes-das-núvens ou peixes anuais, eles são encontrados exclusivamente em ambientes aquáticos sazonais, que se formam durante as épocas chuvosas e podem ficar secos por longos períodos.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o primeiro ciclo do PAN, que vigorou de 2013 a 2018, tinha como objetivo estabelecer mecanismos de proteção para os rivulídeos e evitar a perda de hábitat das espécies focais do plano. Atualmente, o plano está no seu segundo ciclo de gestão, com validade até julho de 2027, e busca consolidar e expandir as estratégias de conservação dos peixes em perigo de extinção e de seus ambientes ao longo de cinco anos.

Peixes rivulídeos

Embora presentes em todos os biomas do Brasil, os rivulídeos estão ameaçados de extinção, mas cada espécie é restrita a uma pequena área de distribuição – às vezes, de poucos metros quadrados. A perda do local onde os peixes anuais vivem é a principal ameaça à sobrevivência desses animais. Isso se dá, especialmente, pela ocorrência de atividades agrosilvopastoris, pela implantação de empreendimentos e pela urbanização.

Os rivulídeos fazem parte de uma das quatro famílias mais diversificadas dentre as 40 famílias de peixes de água doce do país. Eles se destacam pela distinção entre variedades anuais e não anuais, sendo encontrados em rios, lagos e pequenas poças formadas pela chuva. A maioria dessas espécies habita poças temporárias, com um ciclo de vida notavelmente diferente do restante da ictiofauna.

Fonte: Ascom/Inema

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