Com o Teatro Alberto Martins (TAM) repleto de pessoas, aconteceu na segunda-feira (28) o encerramento das Oficinas de Verão 2025, evento que, na ocasião, recebeu pequenas mostras dos trabalhos promovidos gratuitamente pela Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), entre os meses de fevereiro e abril.
Para Hellen Borges, subsecretária da Secult, a iniciativa atingiu o objetivo de oportunizar à comunidade, de diversas faixas etárias, o acesso a atividades artístico-culturais. “Levamos as oficinas, nesse período de verão, para alguns equipamentos de cultura, principalmente na zona rural. A ideia foi de movimentar e trazer a cultura de volta. É uma forma de a gente inserir a cultura novamente nos espaços e nos bairros periféricos aqui de Camaçari”, explicou.
O gerente de Cursos da pasta, Sam Oliveira, destacou o fato de o encerramento das Oficinas de Verão servir como uma homenagem ao Dia Municipal da Dança, comemorado em 29 de abril – instituído em Camaçari pela Lei n.º 1.377/2015, em alusão ao Dia internacional da Dança. “É muito grande nossa felicidade de conseguir fazer essa culminância hoje, não só comemorando o encerramento das atividades, mas também celebrando a dança, essa forma de expressão artística que a gente tanto ama”, declarou.
No projeto apresentado durante o encerramento das atividades, a professora de dança contemporânea Ana Paula de Souza utilizou a dança como instrumento de união, conexão e integração entre os participantes. “O projeto de verão, como um todo, visou acolher a todos, trazendo crianças, jovens, adultos e a terceira idade para desenvolver um trabalho conjunto, para sentir o que é o corpo, esse corpo que dança, que nos move. Por meio disso, propus evidenciar para a sociedade a importância do corpo dançando, seja ele de que idade for. O corpo que move é a própria vida”, sintetizou.
O sentido da prática foi percebido com clareza na fala de José Raimundo dos Santos, 67 anos. “Eu sou um aprendiz da dança de salão, aluno do professor Daniel Andrade. Nesse pouco tempo, desenvolvi muito”, disse o idoso, morador do bairro Reanascer (Phoc II), que foi levado à prática da modalidade por motivo de saúde, a fim de melhorar a memória, o seu lado emocional, bem como o corpo físico com um todo.
Para o professor Daniel Andrade, é motivo de satisfação poder ver o aluno crescer. “Tudo que aconteceu na vida dele foi através de Deus. Sobre mim, fui usado como instrumento, por meio da dança, para melhorar cada vez mais a vida dele”, afirmou.
Outra, que testemunhou que a dança mudou a qualidade de vida da mãe, foi Lara Andrade, 23 anos. Para ela, a matriarca Ednalva Andrade, 44 anos, ganhou novo ânimo com a prática na dança contemporânea. “Foi uma experiência incrível poder acompanhá-la. Eu percebi que ela ficou muito feliz quando começou a fazer a oficina. Hoje, ela está bem mais confiante. E o processo todo só fez fortalecer a nossa relação como mãe e filha”, reconheceu.
Com um total de mais de 500 participantes, durante os meses de realização do projeto foram oferecidas mais de 35 turmas entre a sede e orla de Camaçari, quando foram ofertados os cursos dança de salão, teatro, bateria, dança contemporânea, alongamento, contação de histórias, pintura, danças carnavalescas e criação de máscaras.
As atividades aconteceram no TAM, localizado na Rua Eixo Urbano Central, no Centro; na Pracinhas da Cultura, situada na Praça da Democracia, no bairro Tancredo Neves (Phoc III); nos centros culturais Vila de Abrantes, que fica na Praça da Matriz (Vila de Abrantes), e Barra do Pojuca, na Rua Filogônio Gomes de Oliveira; bem como na Estação de Parafuso, na região central da localidade de mesmo nome.
De acordo com a Secult, todas as atividades desenvolvidas durante as Oficinas de Verão vão continuar a acontecer nos mesmos locais, ampliando a oferta de vagas para além dos já contemplados pelo projeto durante o período em que foi realizado.
Fotos: Juliano Sarraf
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