Através do Programa Saúde nas Escolas (PSE), as Secretarias de Saúde (Sesau) e de Educação (Seduc) têm promovido a ampliação das coberturas vacinais nas escolas municipais de Camaçari, com objetivo de auxiliar na prevenção de doenças imunopreveníveis entre crianças e adolescentes.
Nesta quinta-feira (8), a iniciativa chegou à Escola Municipal Parque Florestal, localizada no bairro de mesmo nome. Por lá, foi realizada a administração da vacina contra a influenza (gripe), para professores, auxiliares de classe, agentes de limpeza, porteiros, merendeiras, entre outros profissionais, bem como a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano), para meninos e meninas entre 9 e 12 anos – que correspondem ao público-alvo alcançado na referida unidade de ensino.
Animado e sorridente. Foi assim que o pequeno e corajoso Gustavo Lucas Carneiro, 9 anos, recebeu o imunizante contra o HPV. “Oxe, não doeu nada”, brincou o estudante. Na sequência, o garoto detalhou como foi a expectativa para receber a dose da vacina. “Minha mãe me falou em casa, ontem, que ia tomar vacina hoje. Fiquei ansioso, mas sem medo nenhum. É melhor do que ficar doente depois”, acrescentou.
Sobre a vacina contra o HPV, a enfermeira Ivonete Nascimento, destaca a importância do imunizante na prevenção de doenças crônicas, como alguns tipos de câncer. “Essa vacina é extremamente importante tanto para meninas quanto para os meninos. Ela atua na prevenção de uma série de doenças graves, incluindo vários tipos de câncer, como o câncer de colo do útero, pênis, ânus, boca e garganta, além de lesões genitais, como as verrugas”, explicou.
A participação dos alunos no PSE está condicionada à autorização dos pais ou responsáveis legais.
No caso dos educadores, a vacina contra a influenza foi recebida com alegria. Cláudia Carvalho, professora na unidade há cerca de três anos, falou sobre a comodidade de receber o imunizante sem precisar se deslocar a um posto de saúde. “A gente trabalha a semana toda e poder ter acesso a essa vacina, tão necessária, é primordial. Com certeza não iria perder a oportunidade, principalmente nesse período de chuvas, o clima fica mais frio e a imunidade, as vezes fica prejudicada”, disse.
A professora de alfabetização, Ana Paula Nascimento, atua na rede municipal de ensino há 12 anos. Ela contou que todos os anos, nunca deixou de se vacinar. “Além dos meus alunos, tenho em casa duas meninas. Penso na proteção deles também quando venho receber a dose da vacina”, afirmou a educadora do 1° ano do ensino fundamental.
O Saúde nas Escolas segue por toda rede municipal, tanto da sede quanto da orla. Com uma equipe composta por técnicos de enfermagem, enfermeiro e agente comunitário de saúde (ACS), o programa resgata não só a importância das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, mas ainda aproximar a comunidade escolar e leva atividades informativas, a exemplo de palestras, como lembrou a agente comunitária, Eunisete Rosário Nogueira.
“É uma grande ação de mobilização e humanização. Uma maneira de aproximar as equipes de saúde da família e de atenção primária, com as famílias, com a comunidade estudantil, além de facilitar a vida dos pais, que não precisam ir nos postos para vacinar seus filhos. É importante pontuar que uma criança vacinada é uma família protegida”, avaliou Eunisete.
Nesta quinta-feira, a Escola Clube de Mães, situada no bairro Lama Preta, também recebeu as ações de vacinação do projeto.
O PSE é orientado pelo Plano de Ação da Estratégia Nacional para Resgate de Não Vacinados do Ministério da Saúde. O projeto prevê ações em locais como escolas, universidades, ginásios esportivos, shopping centers, entre outros.
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