MPBA exibe filme e promove reflexão sobre atuação frente a violências sofridas por crianças e adolescentes
O Ministério Público do Estado da Bahia promoveu ontem, dia 26, um debate sobre a atuação dos integrantes do Sistema de Garantias de Direitos e da ...
27/05/2025 às 14h50
Por: RedaçãoFonte: MP - BA
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Foto: Reprodução/MP - BA
O Ministério Público do Estado da Bahia promoveu ontem, dia 26, um debate sobre a atuação dos integrantes do Sistema de Garantias de Direitos e da sociedade civil diante de violações de direitos e violências sofridas por crianças e adolescentes. As discussões foram realizadas a partir da exibição do filme ‘’Café, Pépi e Limão’’, que retrata as realidades vivenciadas por três adolescentes em situação de vulnerabilidade na cidade de Salvador. O procurador-geral de Justiça Pedro Maia esteve na sessão e registrou que o tema “é caro para a sociedade, que precisa estar mais atenta e atuante na proteção de crianças e adolescentes”.
Integrantes do MPBA e de órgãos do Sistema de Direitos e Garantias, bem como da sociedade civil, participaram das reflexõesFoto: Reprodução/MP - BApromovidas pelo Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca). A coordenadora do órgão, promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, destacou que o momento era simbólico e muito significativo. “O filme retrata uma realidade dura, sofrida, é um convite à reflexão”, disse ela, conclamando os integrantes da rede de proteção a pensarem sobre estratégias que sejam efetivamente transformadoras e que produzam resultados duradouros, que demonstrem a importância de estarem sempre vigilantes e atentos para a efetiva resolução das violações que são apresentadas aos órgãos eFoto: Reprodução/MP - BAinstituições.
Segundo o diretor e roteirista do filme Pedro Léo Martins, a obra nasceu da angústia dele ao verificar realidades como as dos personagens. O filme retrata violências sexual, física e psicológica sofrida pelos adolescentes, situações de abandono, trabalho infantil e cooptação pelo tráfico de drogas, desassistência dos sistemas de saúde, educação e social, além de uma completa quebra de vínculos familiares que fragiliza os protagonistas. São ciclos, que, como frisou Ana Emanuela Rossi, precisam ser interrompidos a partir de estratégias dialogadas e de ações conjuntas dos órgãos públicos e da própria sociedade. Ela assinalou que o filme “é um chamado à escuta atenta, empatia e ação”.
Foto: Reprodução/MP - BAA coordenadora do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes Violentos e em Especial Vulnerabilidade (NAVV), promotora de Justiça Viviane Chiacchio, também participou do evento e ressaltou a necessidade de vigilância e ação individual e interinstitucional diante dessa realidade. O coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), promotor de Justiça Márcio Fahel, registrou que a iniciativa demonstra o compromisso do MPBA com a causa através de um instrumental, que é o cinema, meio “especial de sensibilizar corações, de produzir depoimentos, documentos e também provocar transformações”. A psicóloga e pesquisadora Isabel Torres participou dos debates e lembrou que a realidade da população que vive nas ruas é repleta de violações e violências que precisam ser enxergadas e cuidadas de forma integrada. Já a promotora de Justiça Ana Paula Coité destacou a relevância da exibição e debate sobre o tema, ressaltando que ele é “bastante desafiador, emblemático e engajador, pois nos convida, de fato, ao enfrentamento”.
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