A rede municipal de saúde de Camaçari ganhou mais um importante espaço para fortalecer o acolhimento às pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), outras deficiências e demais alterações neurodivergentes. Na tarde desta quarta-feira (28), foi inaugurada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Gleba A/Gravatá a nova sala multissensorial TEA.
A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau) com o Instituto Saúde Integrada da Bahia (Isiba), responsável pela administração do equipamento de saúde.
“Uma ação singela, mas tenho certeza que vai tocar o coração de cada usuário, porque é assim que estamos nos sentindo agora, ao entrar aqui nessa sala de acolhimento às pessoas com espectro autista. É extremamente necessário um ambiente mais acolhedor, em um momento de grande aflição que é o momento da emergência”, pontuou a secretária de Saúde, Rosangela Almeida.
No espaço, são acolhidos pacientes com autismo e outras comorbidades associadas, a exemplo dos transtornos de ansiedade, de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), obsessivo compulsivo (TOC), opositor desafiador (TOD), entre outros, após passarem pelo procedimento inicial de triagem. Mães e pais que levam seus filhos menores de idade para atendimento na unidade, além de gestantes e lactantes, também podem fazer uso do local enquanto aguardam pelo atendimento.
A sala, planejada com decoração e ambiente adaptados para proporcionar uma espera humanizada, é composta por cadeira de aplicação de medicamentos, diversos brinquedos interativos, livros e uma televisão, bem como profissionais capacitados para atuar no local, oferecendo suporte adequado e inclusivo.
“A sala TEA é uma iniciativa extremamente sensível e necessária. Ela demonstra um avanço importante no respeito à diversidade e no compromisso com a inclusão, proporcionando um ambiente mais calmo e adequado às necessidades específicas dessas pessoas, contribuindo significativamente para reduzir a ansiedade e o desconforto que ambientes convencionais muitas vezes provocam. É uma ação que vai além da acessibilidade física, é um acolhimento emocional e humano”, avaliou Maria Eugênia Marcovaldi, coordenadora de serviço social da UPA da Gleba A/Gravatá.
Ainda conforme Maria Eugênia, a demanda de atendimentos a pessoas com autismo e outros transtornos é alta. Diariamente a unidade recebe pacientes que integram esse público específico.
Foto: Patrick Abreu
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