Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (28), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou um contrato firmado entre a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), vinculada à Prefeitura de Fortaleza (CE), e a empresa IPQ, para a prestação de serviço de videomonitoramento nas ruas da capital cearense. Girão explicou que o valor do contrato, de quase R$ 25 milhões, é semelhante ao anterior, firmado com o Consórcio DB3, mas com redução no número de vias monitoradas.
— Se verifica que houve uma grande redução do número de vias atendidas, de 200 para 72 faixas. Isso representa um disfarçado e injustificado aumento de 277% nos preços pagos pelo fortalezense, que, com muito custo, vem pagando os seus impostos cada vez mais altos por causa desse governo do PT. Dessa forma, estamos solicitando uma série de esclarecimentos tanto à Prefeitura de Fortaleza como à própria AMC — disse.
No mesmo discurso, o senador Girão voltou a cobrar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, para investigar denúncias de descontos indevidos em aposentadorias. Ele defendeu que os responsáveis sejam identificados, independentemente de governos, e que os recursos desviados sejam recuperados. O parlamentar alegou que o Ministério da Previdência foi alertado sobre o fato em 2023, mas não adotou medidas necessárias.
O senador também criticou a proposta do governo federal de criação de 1.955 cargos comissionados. Para Girão, a medida é incompatível com o cenário fiscal do país, especialmente diante da previsão de falta de recursos para áreas essenciais como saúde e educação.
— Está aí o resultado do Brasil: tudo subindo, zero de democracia. E é para ele nomear cargos agora, no ano eleitoral, na véspera do ano eleitoral. Pode um negócio desse? — questionou.
Girão ainda manifestou solidariedade ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ele, é alvo de perseguição política. O senador criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou à Polícia Federal (PF) ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado licenciado em até dez dias. Girão afirmou que o uso da estrutura estatal para retaliar adversários representa uma afronta ao regime democrático.
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