De 2018 a 2024, a instituição centenária recebeu R$ 702,8 mil por meio do programa, que funciona a partir do compartilhamento de notas fiscais eletrônicas pelos participantes da campanha Nota Premiada Bahia
Referência nas áreas de oncologia, transplante renal e cardiologia, a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana é mantenedora do Hospital Dom Pedro de Alcântara, do Hospital HCardio e da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A instituição, que completou 166 anos em março, foi fundada em 1859 e a construção da atual sede ocorreu em 1951. A inauguração foi em 1957 e contou com a presença do então presidente do Brasil, Juscelino Kubitscheck. A Santa Casa é uma das mais de 500 instituições participantes do programa Sua Nota é um Show de Solidariedade, do Governo do Estado, que beneficia as filantrópicas a partir do compartilhamento de notas fiscais pelos integrantes da campanha Nota Premiada Bahia.
Somente para a Santa Casa de Feira, mais de 4,7 milhões de notas fiscais eletrônicas já foram compartilhadas pelos participantes, o que garantiu, de 2018 até 2024, um repasse de R$ 702,8 mil. Os recursos, repassados pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba), são revertidos em melhorias que beneficiam, todos os dias, pacientes de Feira de Santana e da macrorregião centro-leste, que reúne 72 municípios.
A provedora da entidade, Fernanda Reis, afirma que a população pode contribuir para a continuidade do serviço prestado pela Santa Casa por meio do cadastramento na campanha Nota Premiada Bahia. “A partir daí você deve solicitar, ao realizar uma compra, a inclusão do CPF na nota”, afirmou, referindo-se ao compartilhamento de notas fiscais eletrônicas, pelos participantes da campanha, com as instituições filantrópicas da Bahia.
O cadastro na campanha Nota Premiada Bahia só precisa ser realizado uma única vez. O formulário é simples e está disponível no site www.notapremiadabahia.ba.gov.br . No momento da inscrição, é possível escolher até duas instituições filantrópicas, uma da área de saúde e outra da social, para compartilhar as notas fiscais. A cada quatro meses, as instituições dividem o valor de R$ 5 milhões, de acordo com a quantidade de notas fiscais conseguidas.
Atendimento especializado
Mais de 80% dos atendimentos da Santa Casa são voltados aos pacientes do SUS, com consultas, internamentos, enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nos últimos anos, a instituição vem passando por um processo de ampliação, oferecendo novos atendimentos em serviços ambulatoriais, diversas áreas cirúrgicas e a consolidação do serviço de hemodinâmica”, explica a provedora da entidade, Fernanda Reis.
O Hospital Dom Pedro de Alcântara já atingiu a marca de mais de 400 transplantes renais realizados. A Unacon atendeu pacientes de 112 municípios em 2023. São oferecidas consultas, cirurgias, tratamentos ambulatoriais de quimioterapia, imunoterapia, hormonioterapia e radioterapia.
Desde sua inauguração, em 2009, mais de 139 mil pacientes com câncer foram atendidos. Todos os meses são mais de 6,6 mil pacientes atendidos nas áreas de oncologia clínica, radioterapia e cirúrgica, além de cerca de 2,8 mil tratamentos oncológicos.
O Hospital dispõe ainda de um equipamento de hemodinâmica, que já realizou mais de 16 mil procedimentos fundamentais para o diagnóstico e tratamento de doenças como infarto do miocárdio, AVC e arritmias cardíacas. Entre eles estão cateterismo cardíaco, angioplastia e implante de marcapasso.
História
A história da Santa Casa está preservada em um memorial, que reúne fotografias de ex-provedores, do terreno doado pela Província da Bahia para construção da instituição, da inauguração do hospital, além de documentos históricos, como um livro de assinaturas com registro de pessoas da família de D. Pedro e a assinatura de Juscelino Kubitscheck.
O Hospital Dom Pedro de Alcântara recebeu o nome em homenagem ao imperador Dom Pedro II que, em viagem pela Bahia, visitou Feira de Santana e realizou uma doação para a construção da Santa Casa. A ideia era ter uma unidade de atendimento para a população mais pobre, que passou a ser chamada de Asilo Imperial D. Pedro. Em seguida, a instituição funcionou na sua segunda sede, em um casarão do Coronel João Pedreira, onde o hospital permaneceu até 1956.
Foto: Ascom/Sefaz-BA
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