A manhã deste sábado, 7, foi de música instrumental na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa, bairro de Mangabeira. O Quinteto de Sopros Prima se apresentou para familiares das reeducandas, em especial para seus filhos e filhas. O Governo do Estado estabeleceu que o Programa de Inclusão Social Através da Música e das Artes (PRIMA), ensine música para filhos de reeducandos dos sete aos 18 anos de idade.
A parceria envolve três secretarias: Administração Penitenciária, Cultura, e Educação, tendo o PRIMA com órgão executor. Concertos estão sendo realizados nas unidades prisionais em dias de visitas para incentivar que pais e mães matriculem seus filhos. Os alunos poderão ficar de posse do instrumento até os 18 anos, desde que permaneçam matriculados e participando das aulas nos polos do Prima na Capital ou no interior.
O secretário João Alves prestigiou o evento. O gestor da Seap avalia que “a apresentação foi emocionante e nosso objetivo é capacitar as crianças e os jovens. Os instrumentos, o próprio PRIMA vai fornecer e essa é uma iniciativa do Governo do Estado. Precisamos sensibilizar os familiares dos reeducandos para que, voluntariamente, matriculem seus filhos nesse programa de alta relevância”. A unidade prisional disponibilizou lanche às crianças e familiares.
O Diretor de Gestão do PRIMA, Milton Dornellas, avalia as perspectivas do projeto em parceria com a Seap, com a Secretaria de Cultura e a Secretaria da Educação: “É mais uma janela que se abre para essa garotada que vem visitar sua mãe, ou seu pai. Na verdade, não temos uma fórmula, nós temos que dá oportunidades e assim mais possibilidades das pessoas aprenderem, se fortalecerem enquanto cidadãos. O objetivo é esse”.
A diretora da penitenciária feminina Júlia Maranhão, policial penal, Cinthya Almeida, afirmou estar confiante de que o projeto terá um significativo engajamento das reeducandas no sentido de incentivarem seus filhos a aprenderem música, uma das artes mais completas.
A reeducanda V.C. assistiu ao concerto ao lado de sua filha de nove anos de idade e, ao final da apresentação, pediu a palavra e declarou: “Eu acho espetacular essa ideia porque a música preenche, educa e transforma pensamentos e vidas. Hoje eu me senti como se estivesse num teatro assistindo uma orquestra e eu sempre tive vontade de aprender a tocar e não tive oportunidade, hoje vejo oportunidade para colocar minha filha”.
Já a reeducanda D.D. recebeu a visita do filho de seis anos e de um irmão seu. Abraçada aos dois disse: é gratificante, a gente nesse lugar ter a disponibilidade de algo tão importante que é a música. Agradeço muito, é uma satisfação saber que o governo tem um projeto que acolhe a nós e a nossos filhos. Vou matricular meu filho de dez anos com certeza”.
O irmão de D.D., o jovem J.D. agradeceu aos gestores da Seap pelo bem que estão fazendo a sua irmã, aos seus sobrinhos e a todas as reeducandas. “Esse projeto traz esperança para quem estar aqui dentro, para que lá fora tenha novos rumos e possa vencer na vida”.
A professora Eliane Aquino, coordenadora de Educação nas Prisões, da Secretaria da Educação, prestigiou o evento.
Do dia 1º ao dia 10 de cada mês a Seap e o PRIMA estarão matriculando filhos de reeducandos que queiram aprender música. No sábado,dia 14, a apresentação do Quinteto de Sopros Prima será na Penitenciária de Psiquiatria Forense e no dia 28 na Penitenciária Geraldo Beltrão.
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