Os estudantes da rede estadual de ensino participam ativamente da programação da 11ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), iniciada na manhã desta quinta-feira (26) e que segue até domingo (29). Em diferentes ambientes, como a Casa do Governo, instalada na Fundação Hansen Bahia, e no Espaço 200, que funciona no prédio da Biblioteca Municipal, os estudantes protagonizam apresentações nas distintas linguagens literárias, artísticas e culturais, inspirados no tema central do evento: “Poéticas Afroindígenas do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”.
A secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, presente à abertura da Flica, falou sobre a importância desta vivência para a aprendizagem dos estudantes. “Estamos aqui com as nossas escolas visitantes e as escolas que fazem parte da programação apresentando as suas produções de arte, dança, literatura, contação de histórias. Isto é parte do conjunto de programas estruturantes que nós temos implantado na rede estadual. Também, aqui, a SEC faz o apoio necessário para dizer às nossas escolas e comunidades escolares que festival literário e feiras literárias são parte do processo formativo. Literatura, cultura, leitura e arte são base da formação do nosso povo e dos nossos estudantes. E é por isso que a SEC apoia a Flica e mais de 30 outras feiras e festivais literários em toda a Bahia”.
Ao todo, mais de mil estudantes da rede estadual de 31 escolas e 19 municípios do Recôncavo Baiano – como Cachoeira, Santo Antônio de Jesus (NTE 21), Cabaceiras do Paraguaçu, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muritiba, Salinas da Margaridas, Santo Amaro e São Felipe – participam da Flica.
Protagonismo estudantil
São várias as atrações estudantis na festa literária. Ainda durante a manhã, a fanfarra do Colégio Estadual Rômulo Galvão, do município de São Félix, com 70 integrantes, desfilou pelas ruas de Cachoeira, encantando o público com sua arte musical e repertório variado. “Eu sinto uma alegria enorme participar da Flica. É muito bom estar aqui. É o que gosto de fazer. A fanfarra é cultura”, afirmou Andrei da Silva, 18, 3° ano do Ensino Médio e integrante da fanfarra.
Também na praça Ubaldo de Assis, os estudantes do Colégio Estadual do Campo Kleber Pacheco, localizado no distrito São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, apresentaram a peça teatral “A caixa de Pandora”, revelando a história da mitologia grega sobre a maldição da terra. Elisama Rosário, 17 anos, 3º ano do Ensino Médio, é a protagonista da montagem e falou da emoção de integrar a festa literária. “Esta é a primeira vez que participo da Flica e estou muito feliz e empolgada. A gente ensaiou bastante e é uma sensação maravilhosa apresentar a peça, que tem um cunho filosófico e é sujeita a múltiplas interpretações pelo público. É maravilhoso mostrar o que nós temos de potencial e que o teatro também é parte da educação no campo”, celebrou.
Já no Espaço 200, batizado em alusão ao Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, acontecem, dentre outras atividades, exposições dos projetos Artes Visuais Literárias (AVE) e Educação Patrimonial e Artística (EPA), desenvolvidos ao longo do ano letivo, para estimular a criação de obras estudantis nos contextos escolares.
Na Fundação Hansen Bahia, ocorre a exposição fotográfica “Pretitude em foco”, realizada por estudantes do Colégio Estadual Edith Machado Boaventura, de Feira de Santana, com o objetivo de celebrar a beleza e o empoderamento de estudantes pretas na Bahia; e apresentações de episódios da TV Conexões. A programação no local contempla, ainda, a “Janela poética” e o “Sarau literomusical”, que oportunizam aos estudantes demonstrar suas criações musicais e literomusicais.
Fonte: Ascom/SEC
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