O Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) , e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) assinam, nesta terça-feira (7/11), na Cidade Administrativa, Termo de Vinculação e Responsabilidade para que o órgão do Judiciário mineiro assuma a gestão do edifício Tancredo Neves, mais conhecido como Rainha da Sucata, integrante do Circuito Liberdade .
A cerimônia, com participação do governador em exercício de Minas Gerais, o desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, oficializa o objetivo de transformar a finalidade cultural do tradicional espaço localizado na Avenida Bias Fortes, no entorno da Praça da Liberdade, que passará a ser a sede da Orquestra Jovem e do Coral Infanto-Juvenil do TJMG.
Com essa mudança, o poder público assegura um espaço dedicado à música e à cultura, no qual os alunos poderão se expressar artisticamente, explorar seus talentos e criar laços com a comunidade. É uma forma, também, de fortalecer a cidadania e contribuir efetivamente para projetos culturais e artísticos.
Leveza
O governador em exercício destacou que as expectativas com o novo espaço são de que com os instrumentos e vozes as meninas e os meninos da orquestra e do coral possam levar um sopro de esperança, leveza e beleza ao entorno da Praça da Liberdade, irradiando, a partir dali, um sonho coletivo da construção de um mundo mais solidário, inclusivo, igualitário e repleto de arte.
Ele explicou que foi tendo um sonho como impulso que, em 2011, o TJMG criou o projeto de formação da Orquestra Jovem e do Coral Infanto-Juvenil, mostrando, assim, a face solidária e o compromisso em garantir políticas públicas de proteção à infância e à adolescência.
“A iniciativa se iniciou de maneira tímida, mas com uma forte convicção: do poder transformador da música, capaz de promover inclusão social, resgatar e reafirmar a cidadania, ampliar as visões de mundo e descortinar novos horizontes”, afirmou.
Características
O edifício Tancredo Neves se destaca pela concepção ousada e pelo uso de materiais diversos e cores fortes nas fachadas, em estilo pós-modernista. A diversidade de elementos, formas e cores revela a opção arquitetônica pelo emprego de materiais marcadamente regionais, como o quartzito, a ardósia, a pedra-sabão e o aço produzido nas siderúrgicas mineiras.
A altura e o volume do Rainha da Sucata acompanham as dimensões dos prédios históricos que compõem o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade, buscando um diálogo com seu entorno.
A finalidade original do prédio era dar suporte ao setor de Turismo do estado. Em 1991, a edificação se tornou o Museu de Mineralogia Professor Djalma Andrade. Em março de 2010, com a inauguração do Museu das Minas e do Metal, também na Praça da Liberdade, todo o acervo do Rainha da Sucata foi transferido para lá.
Gestão
O Rainha da Sucata foi devolvido ao Governo do Estado em maio deste ano. Anteriormente, o local esteve sob responsabilidade da Funarte, do Governo Federal, por cerca de três anos, abrigando a Casa Funarte Liberdade.
Nos últimos meses, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), realizou as tratativas para que uma nova instituição assumisse a gestão do espaço, dando continuidade às políticas públicas culturais desenvolvidas no Circuito Liberdade.
No período em que esteve responsável pelo imóvel, a Secult adotou medidas para garantir a ordem e segurança do edifício, como contratação de portaria 24 horas, instalação de sistema de alarme e serviço de limpeza e manutenção.
Também presente na solenidade, a secretária de adjunta de Cultura, Josiane de Souza, lembrou que o Circuito Liberdade, ao qual o Rainha da Sucata está vinculado, recebeu, apenas no primeiro semestre deste ano, 2,8 milhões de visitantes.
“Isso é extraordinário. É um recorde de público, de participação. Daí a importância de iniciativas como essa. É a demonstração de quanto são necessários projetos que propõem a visitação de bens históricos combinados com a expressão da arte e da cultura. A assinatura deste documento reforça a importância da parceria entre o Governo de Minas e o TJMG que, juntos, dão sentido ao pilar fundamental de nossa missão que é de promover a cultura, a educação e o acesso à arte”, finalizou.
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