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Símbolo da ancestralidade e da cultura baiana, Pelourinho promove grande movimentação de baianos e turistas

A conexão com elementos da cultura, da economia local e da gastronomia conduz a experiência de baianos e turistas que encontram no Pelourinho a mem...

05/01/2024 às 18h15
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
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Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

A conexão com elementos da cultura, da economia local e da gastronomia conduz a experiência de baianos e turistas que encontram no Pelourinho a memória e a identidade cultural da cidade que foi a primeira capital do país. O bairro histórico foi cenário dos primeiros eventos políticos do Brasil, e hoje é um dos principais cartões postais de Salvador e palco de uma programação diversificada promovida pelo Governo do Estado, que inclui apresentações artísticas e manifestações culturais que recontam a história do Pelourinho através da ancestralidade.

De acordo com o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, “o desafio do Governo do Estado e da Secretaria de Cultura é de valorização da nossa cultura raiz, identitária, ao mesmo tempo que nós estamos valorizando as novas manifestações dos novos fazeres culturais. E o Pelourinho é essa síntese. Um encontro perfeito da tradição, daquilo que nos constitui enquanto seres, e povo cultural também, com essas novas manifestações que dão novos tons, novos contornos, novas cores para a nossa cultura. Então, é isso que a gente faz aqui no Pelourinho, com essa valorização, declarando todo o nosso amor pelo Pelô”, afirmor.

O passeio pelo Pelourinho ainda pode gerar encontros e histórias inesperadas para visitantes, como aconteceu com o turista argentino Manuel Chiarello. O advogado passeava pelo local com seus amigos, no primeiro dia de viagem, quando entrou em um cortejo que seguia um grupo de percussão e foi parar no Centro Cultural Solar Ferrão, equipamento gerido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), vinculado à Secult-BA. Ele se surpreendeu com as máscaras africanas que dão nome à exposição ‘Máscaras – entre ATOS do Acervo’, que fica em cartaz até o mês de fevereiro.

A exposição de Cláudio Masella, com curadoria de Nivia Luz e Adriana Cravo, reúne aproximadamente 100 máscaras, 40 delas geledés, de sociedades tradicionais yorubás, e mais de 50 de outras etnias africanas, sendo parte da programação que movimenta o Pelourinho até o final da estação. “A primeira impressão que tenho de Salvador é de ser uma cidade incrível, no sentido arquitetônico e no musical também. Me interessam muito a música e os instrumentos que têm por aqui, como a cuíca. E agora estamos vendo essas máscaras, que são impressionantes. Estamos muito felizes de estar aqui”, frisou o turista estrangeiro.

Essência da Bahia

A diretora-geral do Ipac, Luciana Mandelli, reforçou que as ações têm a intenção de apresentar uma experiência que ela caracteriza como genuína, que expressa a essência das manifestações culturais da Bahia. “Esses investimentos também constituem a ação do Verão nos Museus, que é a dinamização desses espaços, para que, quem venha conhecer a Bahia, pela primeira vez, conheça a nossa experiência genuína de apresentação popular. Aqui, no Ferrão, também está acontecendo a exposição Afoxés Cultura Ancestral, e hoje teve um cortejo pelas ruas do Centro Histórico bem interessante, que é uma outra forma que a gente tem de investir também nessa política de organização popular e de visibilidade dos nossos patrimônios imateriais”, destacou Mandelli.

Além do Solar Ferrão, na programação para o verão ainda acontece uma residência com artistas urbanos do grafite e do hip-hop, no Museu Tempostal, onde vão ocorrer batalhas de rima abertas e gratuitas; e exposição de cerâmicas, no Museu Udo Knoff. Os largos Tereza Batista, Quincas Berro D’Água, Cruzeiro do São Francisco e Pedro Arcanjo vão levar aos palcos os grupos Afrocidade, Partido Popular, Cascadura, mas também festivais de música, rodas de samba e cortejos populares.

Em dezembro, a Secult e o Ipac anunciaram um investimento de R$ 7 milhões pelos 38 anos do Centro Histórico de Salvador, que serão aplicados na restauração, manutenção predial e acessibilidade do Solar Ferrão e na criação do ‘Centro Odé Kayodê de Referência às Matriarcas de Matriz Africana”, na casa em que nasceu mãe Stella de Oxóssi (1925–2018), na Ladeira do Ferrão.

Pelourinho mais seguro

O Pelourinho é uma das áreas de grande fluxo turístico, que recebe a Operação Verão, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), com ampliação do policiamento e do reforço das forças de segurança na capital baiana. O bairro integra os trabalhos policiais que atendem a todo o Centro Histórico. Segundo o major Normando Júnior, subcomandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, além da Operação Verão, a região também conta com outras estratégias de monitoramento que já reduziram, desde novembro de 2023, 80% das ocorrências registradas em relação aos meses anteriores.

“Nós temos a Operação Caboré, que é uma operação de inteligência. Nós temos agentes de inteligência nossos fazendo o levantamento dos pontos sensíveis e notáveis aqui da área do Pelourinho e do Centro Histórico, onde a marginalidade costuma atuar, para que a gente possa redirecionar o policiamento uniformizado. Nos dias que têm navios na cidade, fazemos a Operação Navio, que também intensifica os pontos da Cidade Baixa até aqui o Centro Histórico, e os pontos por onde os turistas que desembarcam no navio costumam trafegar”, explicou, reforçando que são estratégias que acontecem o ano inteiro.

A carioca Larissa Pujales está pela sétima vez em Salvador, agora com sua filha de 4 anos, e diz sentir segurança para visitar não só pontos clássicos do Pelourinho, como o Santo Antônio Além do Carmo, que elas não conheceram ainda. “Estou impressionada com a segurança que está aqui. Estou vendo vários policiais pela região. Me sinto bem protegida. E Salvador, para mim, é uma terra apaixonante. Esse calor baiano é maravilhoso e, sempre que eu tenho oportunidade, retorno para Salvador, porque essa terra é muito cativante. Hoje eu vim trazer minha filha para conhecer o Pelourinho e o Carmo, que eu tenho ouvido falar muito bem”.

Repórter Milena Fahel/GOVBA

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