O comércio varejista baiano expandiu suas vendas em 3,1% em março de 2024 frente ao mês imediatamente anterior. Já no indicador nacional houve estabilidade (0,0%), considerando a mesma base de comparação. Com relação a igual mês do ano anterior, a Bahia apresentou a taxa expressiva de 11,1%, segundo melhor dentre os estados, e 17ª taxa positiva consecutiva. No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas expandiram em 5,7%.
No trimestre, as variações também foram positivas em 11,4% e 5,9%, respectivamente no âmbito estadual e federal. A expansão nas vendas do varejo nesse período revela que o setor segue influenciado por fatores positivos como juros mais baixos, mercado de trabalho mais forte e transferências governamentais. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Em relação ao ano anterior, as vendas foram influenciadas por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o setor. Nesse mês houve desaceleração na elevação dos preços para o grupo Alimentos e bebidas. De acordo com os dados do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou nos meses de fevereiro e março de 2024 as taxas de 0,95% e 0,53%, respectivamente. Também contribuiu a comemoração da Semana Santa, que neste ano ocorreu em março, ao invés de abril como verificado em 2023.
Por atividade, os dados revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (19,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,9%), Móveis e eletrodomésticos (4,9%) e Combustíveis e lubrificantes (0,8%). Tecidos, vestuário e calçados (-16,5%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-28,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-37,9%) registraram taxas negativas. No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e Eletrodomésticos cresceram 21,6%, 6,5%, e 4,2%, respectivamente.
Depois do segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, exerceram as maiores influências positivas Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.
Outros artigos de uso pessoal é o segundo a influenciar as vendas no varejo baiano. Após sofrer os impactos de uma crise contábil em algumas empresas grandes atuantes no mercado que levou ao fechamento de lojas físicas, essa atividade que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc, registra pelo terceiro mês consecutivo comportamento positivo, tendo no mês de março a taxa expressiva de 22,9%, influenciado pelas vendas dos ovos de Páscoa.
O terceiro a influenciar as vendas do setor foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos. O seu desempenho decorre da fraca base de comparação, uma vez que em igual mês do ano passado a taxa foi negativa (-0,1%). Além disso, houve desaceleração no grupo Saúde e cuidados pessoais.
Comportamento do comércio
O comércio varejista ampliado denominado de Atacado Selecionado e Outros e que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou expansão de 5,8% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado do ano houve crescimento de 9,5%.
O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou taxa negativa de 3,2% nas vendas em relação à igual mês do ano anterior. Nesse mês, as vendas no segmento refletem uma acomodação, uma vez que a atividade vinha registrando um ritmo de crescimento consecutivo nos últimos seis meses. Para a análise do trimestre, a variação foi positiva em 6,5%.
Em relação a Material de construção, a expansão nos negócios foi de 7,4% na comparação com o mesmo mês de 2023. Esse movimento é atribuído ao arrefecimento dos preços de alguns produtos comercializados no ramo, como nos itens de Ferragens, Tinta, Revestimento de piso e parede, etc, geração de emprego e elevação real da massa salarial. Para o acumulado do ano houve crescimento nas vendas em 16,0%.
Quanto ao segmento de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo foi registrado retração de 5,5%. O recuo verificado nas vendas nesse segmento se deve ao efeito base em comparação ao ano passado e ao fato de parte da demanda dessa atividade ter sido direcionada para o segmento de hiper e super. Para o trimestre a taxa foi positiva em 2,8%.
Fonte: Ascom/SEI
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