MPBA debate educação inclusiva na rede privada de ensino na Bahia
Gestores escolares, educadores, representantes do poder público, além de promotores de Justiça, servidores e estagiários do Ministério Público do E...
23/05/2025 às 18h54
Por: RedaçãoFonte: MP - BA
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Foto: Reprodução/MP - BA
Gestores escolares, educadores, representantes do poder público, além de promotores de Justiça, servidores e estagiários do Ministério Público do Estado da Bahia estiveram presentes na manhã desta sexta-feira, dia 23, no ‘Seminário de Educação Inclusiva na Rede Privada de Ensino’, que aconteceu na sede da Instituição, no CAB. Na ocasião foram discutidas estratégias para a efetivação do direito à educação inclusiva na rede privada de ensino. A abertura foi feita pelo promotor de Justiça Adriano Marques, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Educação (Ceduc), que falou sobre o projeto institucional ‘Saúde + Educação’, que chegará às escolas particulares de Salvador no segundo semestre deste ano. “A ideia é derrubar muros e construir pontes, pois todas as escolas devem ser inclusivas”, afirmou.
Foto: Reprodução/MP - BAEle complementou que o MPBA elaborou um questionário para ser aplicado nas instituições de ensino privado com o intuito de avaliar a formação dos professores, estrutura física e a inclusão no ambiente escolar. “Não se trata de uma inspeção ou fiscalização. Vamos coletar dados e nos colocar à disposição para traçar estratégias e ações. Queremos dar as mãos para transformar a realidade e apresentar soluções”, enfatizou.Foto: Reprodução/MP - BAA promotora de Justiça Cíntia Guanaes, gerente do projeto ‘Todas as escolas são para todos os alunos’, reforçou o papel do MPBA como parceiro da sociedade e ressaltou a importância de ouvir as demandas dos alunos. “Nós sempre ouvimos os pais e professores, mas quando ouvimos os alunos, temos uma visão enriquecedora. Não é um caminho fácil o da educação inclusiva, mas é possível, imperativo e urgente. Quantas gerações ainda vamos perder?, destacou. Também participaram da mesa de abertura a procuradora-geral de Justiça Adjunta Norma Cavalcanti; e os promotores de Justiça Tiago Quadros; Thelma Leal, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (Ceacon); e Jessica Camille Tojal, gerente do projeto ‘Saúde + Educação’; além do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe), Jorge Tadeu.
Pedimos ajuda a vocês. Queremos superar limites, perseguir sonhos e garantir que toda criança e adolescente tenha seu lugar nas escolas”, destacou a procuradora-geral de Justiça Adjunta Norma Cavalcanti.Foto: Reprodução/MP - BAA programação incluiu o lançamento do livro ‘Referencial de Educação Inclusiva para Garantia da Inclusão Escolar, apresentado peplo presidente do Sinepe, Jorge Tadeu. “Construímos esse referencial com o apoio de profissionais técnicos e do MPBA. Trabalhamos pelas crianças e se colocarmos isso em prática, faremos a inclusão de verdade”, declarou. A advogada e ativista Maely Passos Boeri Valadão apresentou um modelo da escola ideal e compartilhou sua trajetória pessoal e profissional na luta pela educação inclusiva. “Tudo começou com o diagnóstico de autismo da minha filha. Enfrentei muitas barreiras nesse caminho. A legislação brasileira é ampla e garante a inclusão, só precisa ser cumprida”, afirmou. Ela ressaltou que a escola ideal deve promover uma cultura de cuidado e respeito à diversidade, com um projeto político pedagógico que contemple a inclusão escolar; um plano educacional individualizado; sala de recursos multifuncional na própria escola e uma formação continuada dos professores.
Foto: Reprodução/MP - BA
O evento contou ainda com a participação da pedagoga Ana Beatriz Araújo que apresentou exemplos práticos de inclusão escolar; e Cláudia Perez de Andrade, psicóloga e especialista em neuropsicologia, que abordou os desafios enfrentados pelas famílias. Ela falou sobre algumas estratégias de comunicação entre família e escola, incluindo a realização de reuniões regulares, que estabeleça encontros periódicos com a equipe escolar e definam metas de curto e médio prazo; canais digitais, aplicativos e grupos online para contato rápido com a equipe e a coordenação; e participação ativa de todos, envolvendo conselhos escolares e associações de pais.
Crédito das fotos: Sérgio Figueiredo
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