Conder forma agentes ambientais na Cidade Baixa para acompanhar obras de macrodrenagem

A Cidade Baixa ganhou 20 potenciais lideranças na área de educação ambiental para inspirar as comunidades locais e junto a elas acompanhar o andamento da obra atual, além de fiscalizar e sugerir políticas públicas que melhorem a qualidade ambiental da região. O Curso de Agente Ambiental, foi promovido pela Conder de 20 a 24 de maio, na escola Ocridalina Madureira, em Massaranduba. Neste último sábado (24), os novos agentes ambientais receberam seus certificados e foram elogiados pela instrutora do curso, a agrônoma Magaly Gusmão:  

“Estou muito apaixonada pelo grupo. Temos desde jovens de 18 anos a pessoas com mais idade. Porém, o nível de conhecimento e clareza, entendimento e vontade de ser um multiplicador do tema tem sido muito grande. Eles estão comprometidos em repassar o que aprenderam e, para mim, enquanto formadora, isso é muito gratificante".  

A avaliação parece ter sido positiva também por parte dos participantes.  “Esse curso fez a gente reposicionar as nossas antenas. Todo aprendizado conduzido pela professora torna gente um multiplicador dentro da nossa própria comunidade, para que a gente alerte os nossos vizinhos, nossos parentes, nossos amigos sobre como tem que ser conduzida a questão ambiental”, avaliou André Machado, liderança comunitária e religiosa.  

A assistente social da Conder, Valéria Ribeiro, explica que a ação faz parte do Projeto Técnico Social da obra de micro e macrodrenagem da Cidade Baixa, que está em andamento e vai reduzir os alagamentos nos bairros do Uruguai, Massaranduba, Roma, Mares, Boa Viagem, Caminho de Areia, Vila Ruy Barbosa e Jardim Cruzeiro. “Essas atividades acontecem em paralelo às obras para garantir a participação da comunidade na intervenção e, ao mesmo tempo, a sustentabilidade do empreendimento a longo prazo, através da educação ambiental que foi foco desta atividade”.

Para Magaly Gusmão, esse tipo de ação é fundamental para o bom entrosamento da obra com a comunidade. “As famílias que fazem parte desses bairros sempre apresentam queixas com relação a se sentirem de fora das ações, ainda que existam reuniões e tratativas com as comunidades. Quando um trabalho desses procura envolver as pessoas e elas são convidadas a participar, ele tende a ficar muito melhor. A comunidade tende a recepcionar melhor e ser uma parceira na condução do trabalho de infraestrutura que está sendo desenvolvido”, defende.

Encontro de lideranças 

Além de aprenderem mais sobre como gerenciar os diferentes tipos de resíduos, legislação ambiental e aquecimento global, o curso também propiciou um encontro de gerações de lideranças. Um dos dias foi destinado a conhecer iniciativas comunitárias já existentes na região como a escola comunitária Luiza Mahin e a Associação Beneficente Cultural do Bairro do Uruguai. 

Também foi explicada a tradição local de ação em rede, apresentando a Rede de Protagonistas em Ação de Itapagipe e a Rede Cammpi (Comissão de Articulação dos Moradores da Península de Itapagipe) que têm uma longa e produtiva atuação. Além de ouvir e tirar dúvidas sobre as atividades de cada organização, os alunos foram desafiados a propor ações inovadoras para colaborar com elas.  

A participante Amanda Paixão Silva saiu pronta para colocar a mão na massa. “Meu grupo desenvolveu a ideia de fazer uma horta aproveitando garrafas pet para plantio de alimentos no Espaço Cultural da Vila Rui Barbosa que tem aulas de boxe, capoeira, percussão, um trabalho voltado para os jovens. E vamos tentar colocar a ideia em prática”, planeja ela.

Fonte: Ascom/Conder