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Situação da Sífilis na Bahia é tema de debate em Fórum de Vigilância Epidemiológica no MPBA

A situação da sífilis na Bahia foi debatida na manhã desta sexta-feira (11) em reunião do Fórum de Vigilância Epidemiológica realizado pelo Ministé...

11/04/2025 às 18h08
Por: Redação Fonte: MP - BA
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Foto: Reprodução/MP - BA
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A situação da sífilis na Bahia foi debatida na manhã desta sexta-feira (11) em reunião do Fórum de Vigilância Epidemiológica realizado pelo Ministério Público do Estado da Bahia. O encontro, que foi presidido pela promotora de Justiça Rocío Matos, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Cesau), debateu as estratégias para reduzir os números de sífilis na Bahia e reforçou o compromisso do Estado com as metas da Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à eliminação da transmissão vertical da doença, que é aquela que ocorre quando a doença da mãe passa para o feto durante a gestação, parto ou amamentação.

Foto: Reprodução/MP - BA
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“Os encontros do Fórum representam uma oportunidade para discutir as políticas públicas, além de nos atualizarmos sobre as questões relativas à saúde pública no estado”, ressaltou a promotora de Justiça Rocío Matos.

Foto: Reprodução/MP - BA
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A coordenadora da Coordenação de Vigilância e Controle de Agravos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Eleuzina Falcão da Silva Santos, ressaltou a relevância do fórum e as estratégias do órgão, incluindo a ampliação da oferta de diagnóstico, tratamento adequado e monitoramento dos casos com foco na população sexualmente ativa. “Trabalhamos para que, até 2030, possamos dizer que a sífilis não representa mais um grave problema de saúde pública na Bahia. Isso não significa caso zero, mas um controle eficaz da doença ”, afirmou. Segundo dados apresentados por Eleuzina Falcão, no ano de 2024, 172 dos 417 municípios baianos apresentaram taxa de incidência de sífilis superior à média estadual, que foi de 8,2 casos por mil nascidos vivos. Jequié, Ilhéus, Porto Seguro, Lauro de Freitas e Salvador estão entre os municípios com mais de 100 mil habitantes que registraram taxas acima da média estadual.

Foto: Reprodução/MP - BA
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A promotora de Justiça Rosa Patrícia Salgado, co-gerente do projeto ‘Saúde + Educação: Transformando o Novo Milênio’, ressaltou o papel do projeto na identificação de fragilidades da rede de saúde detectadas durante visitas às unidades básicas. “O projeto nos permite avaliar a execução da política pública relacionada à sífilis. Já observamos avanços concretos, como a aplicação da penicilina benzatina por todos os profissionais de enfermagem no âmbito das Unidades Básicas de Saúde para o tratamento da sífilis adquirida e sífilis na gestação”, explicou.

Para evitar a transmissão vertical da doença - da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou o aleitamento, o pré-natal com testagens regulares é fundamental. Além disso, a gestante deve tratar corretamente a gestante e seu parceiro sexual e fazer a testagem pelo menos no primeiro e terceiro trimestre de gestação e no momento do parto. O encontro contou também com a apresentação da diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia, Márcia São Pedro Leal Souza, que falou sobre o cenário epidemiológico no Estado. Ela falou ainda sobre os riscos de reemergência de doenças previamente controladas neste ano, em razão de enfraquecimento das coberturas vacinais; descontinuidade das ações de vigilância diante da dificuldade em identificar e conter surtos; retorno de doenças em áreas antes protegidas, a exemplo de sarampo, coqueluche e febre amarela; e os impactos provocados por mudanças ambientais e climáticas que favorecem a expansão territorial de vetores como o Aedes Aegypti, alterando o padrão de ocorrência de arboviroses.

Foto: Reprodução/MP - BA
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O Fórum também contou com a participação da promotora de Justiça Juliana Rocha, gerente do projeto Cegonha, que falou sobre a atuação do MPBA no combate à sífilis em Jequié. No ano de 2023, o Município recebeu o Selo Prata do Ministério da Saúde em razão das boas práticas na eliminação da transmissão vertical de sífilis. Ela salientou que o MPBA acompanha a situação da sífilis congênita no Estado da Bahia, identificando significativos avanços como o aumento da testagem de gestantes. “Um dos principais desafios é a necessidade de mobilização constante em torno deste agravo para evitar retrocessos e garantir melhorias em relação ao tratamento adequado de gestantes, subnotificações e ao fluxo adequado de informações entre unidades de pré-natal e àquelas que realizam os partos”, ressaltou a promotora de Justiça.

Também participaram do encontro representantes do Conselho Estadual de Saúde; Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep); e Vigilância Sanitária de Salvador.

Crédito das fotos: Sérgio Figueiredo

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